Um novo modelo de Gestão já implementado e acumulando resultados positivos em alguns municípios, cria a expectativa da mudança cultural na Administração, a partir do assertivo uso dos mecanismos e instrumentos de Governança Pública. Esse processo passa por transformações profundas nos valores, comportamentos, atitudes e práticas que moldam os governos.
A Governança Pública envolve o conjunto de ações que influenciam como as decisões são tomadas e implementadas em um governo, sendo uma reconfiguração do modo como servidores públicos, políticos e cidadãos percebem e atuam na gestão pública, despertando para uma nova prática.
Tal modelo legalmente preza e tem como princípio a transparência e responsabilidade, o que implica em como as informações sobre as decisões e operações governamentais sejam acessíveis e claras para a população, aumentando a confiança pública nas instituições.
Uma cultura ética robusta no setor público é essencial para combater a corrupção e garantir que os interesses da sociedade prevaleçam, com rigorosa punição para desvios de comportamento. Uma mudança significativa que envolve a ideia de servir ao público, com a centralidade no cidadão – foco da gestão pública, reafirmando que o governo deve funcionar com base nas necessidades e expectativas dos cidadãos, oferecendo serviços de qualidade e soluções eficazes para problemas sociais.
Para tanto, o engajamento dos cidadãos no processo decisório, torna-se mais inclusivo e colaborativo, por meio do uso efetivo de mecanismos participativos, como audiências públicas e consultas online, que ajudam a população a se sentir parte ativa da Governança, comprometendo-se com a melhoria da entrega dos bens e serviços para todos.
A adoção de novas tecnologias para melhorar a eficiência e acessibilidade à informação e serviços – Governo Digital, representa a superação da burocracia pesada e a incorporação de práticas mais ágeis e digitalmente eficientes, com inovação e criatividade.
Dessa forma eventualmente necessário adaptar leis e regulamentos para facilitar essa transformação. As lideranças devem criar ambientes que permitam o desenvolvimento de novas ideias e práticas no setor público, valendo-se de gestão de competências, cercando-se de pessoas com conhecimento, habilidade e atitude.
Outrossim, incorporar de forma duradoura a sustentabilidade nas políticas públicas, com foco em práticas responsáveis do ponto de vista ambiental e social, reproduzindo a visão holística, integrada, considerando os envolvidos e suas interações para garantir que o desenvolvimento seja inclusivo e que os recursos sejam preservados para as gerações futuras.
Essa mudança cultural na concepção das políticas públicas é essencial para que os governos se tornem mais transparentes, responsivos e ágeis, devendo os novos líderes adotar tal postura a fim de executar uma Governança Pública que realmente atenda às demandas.
Essa nova abordagem racional na tomada de decisões, deve superar o atual modelo – nada invejável, para melhor agregar valor aos serviços prestados para uma sociedade em constante evolução.
Eduardo Gil da Silva Carreira
@egcarreira20
Voluntário da Rede Governança Brasil
Pós-Graduando em Governança Pública – EBRADI