Taxas são destinadas a comércios localizados em rodovias estaduais e federais delegadas ao Estado
RODRIGO ZIEBELL/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Diego Nuñez
Tramita na Assembleia Legislativa um projeto do Poder Executivo que institui taxas para exploração de atividade comercial em faixas adjacentes a rodovias estaduais e federais no Rio Grande do Sul.Segundo a justificativa do projeto, as taxas são “decorrentes do exercício regular do poder de polícia” sobre as áreas, o que faz com que “os órgãos rodoviários precisem assumir novas tarefas para manter a segurança, o ordenamento e a gestão desse patrimônio”.”Essas novas tarefas oneram a estrutura, sendo necessária a instituição de taxas para suportar essas demandas e, da mesma forma, a instituição de penalidades para disciplinar e coibir a invasão e o uso irregular das faixas de domínio sob responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas e Rodovias (Daer)”, segue o texto do governo do Estado.Diversas taxas são instituídas na proposta, desde para Solicitação e Cadastro do estabelecimento e de Análise de Viabilidade, ambas no valor de R$ 742,26 (30 Unidades de Padrão Fiscal – UPF), até a Taxa de Fiscalização da Implantação de Redes e Acessos, no valor de R$ 3.711,28 (150 UPF).“São contribuintes das taxas as pessoas físicas e jurídicas que exploram as referidas faixas de domínio e áreas adjacentes”, diz o projeto. Ou seja, as taxas são destinadas a qualquer tipo de estabelecimento comercial localizado às margens de rodovias estaduais e federais delegadas ao Estado, podendo incluir desde postos de gasolina, a restaurantes, lancherias, tendas e borracharias. O governo Eduardo Leite (PSDB) argumenta que “o Daer, até a presente data, não possui instrumento legal específico para cobrança e aplicação de tais penalidades, especialmente quando verificadas tais condutas envolvendo a faixa de domínio, o infrator acaba por ficar impune”.A proposta também prevê multas para o descumprimento do previsto no texto que podem ir de R$ 7.422,57 (300 UPF) até quase R$ 50 mil (2000 UPF).O projeto teve prazo fatal em 4 de novembro e tranca a pauta do Parlamento, assim como outras propostas do Executivo. Ele deve ser votado pelos deputados estaduais na sessão da próxima terça-feira (14).