O subsecretário de Sustentabilidade, Cloves Benevides, mediou o painel promovido pela pasta na conferência climática e defendeu o compromisso com a agenda ambiental

Painel do Ministério dos Transportes na COP28

Compromisso do setor de infraestrutura de transportes do Brasil é ampliar os debates sobre as políticas de sustentabilidade. – Foto: Divulgação/MT

Fomentar o desenvolvimento da infraestrutura nacional, integrando o país, sem deixar de lado a sustentabilidade. Esse foi o ponto de partida do debate promovido pelo Ministério dos Transportes nesta quarta-feira (6), na COP28 (Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas), que ocorre em Dubai (EAU) até 12 de dezembro.

Com o tema “Transição Ecológica e Infraestrutura de Transportes”, o painel conduzido pelo subsecretário de Sustentabilidade da pasta, Cloves Benevides, reuniu representantes dos ministérios de Transportes e de Portos e Aeroportos, de agências reguladoras e da iniciativa privada ligada ao segmento.

“Esse é um compromisso do setor de infraestrutura de transportes do Brasil: ampliar os debates sobre as políticas de sustentabilidade. O Ministério dos Transportes tem uma série de ações que recolocam a infraestrutura brasileira nessa pauta. É preciso conciliar desenvolvimento, proteção do clima e garantia do direito das pessoas”, afirmou Cloves Benevides.

Para o diretor do Departamento de Obras Públicas da Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, Allan Magalhães, que também participou do debate, é preciso expandir a malha rodoviária brasileira levando em conta a transição ecológica.

“O Ministério dos Transportes tem um planejamento ousado de investimento para os próximos anos, são quase US$ 50 bilhões em obras públicas e privadas. A estruturação desses projetos não pode ignorar a pauta ambiental”, reforçou.

O secretário nacional de Transportes Ferroviários, Leonardo Ribeiro, defendeu o investimento no modal como um dos menos poluentes. “Esse modelo representa 17% do transporte de carga do país, mas o Plano Nacional de Logística prevê que esse número chegue a 34,6% até 2035, o que será um avanço ambiental significativo, já que o transporte ferroviário emite somente 5% de CO2”, disse.

Responsabilidade é de todos
O desafio da transição ecológica é de todos os setores: público e privado, lembrou o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) Felipe Queiroz. “É preciso discutir o assunto em rede, por isso este encontro na COP28 é um marco. E neste ano o presidente Lula tomou uma decisão muito relevante no orçamento do Novo PAC, que foi colocar a agenda de sustentabilidade como algo central nas discussões: o termo transporte está associado às palavras ‘eficiente e sustentável’”, apontou.

Representando o setor privado, o vice-presidente do Grupo CCR, Pedro Sutter, concordou que a tarefa deve ser compartilhada. “É preciso focar na economia de baixo carbono. Utilizamos um produto, que é um carbono intensivo, na construção de pistas e temos como meta usar 20% desse resíduo asfáltico no processo produtivo da manutenção e recapeamento das estradas. Isso deveria ser um padrão da indústria, como já acontece em países como Japão e Estados Unidos.”

A importância da integração entre os modais, reduzindo, assim, distâncias e impacto ambiental, também foi confirmada na apresentação da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério de Portos e Aeroportos, Flávia Nicco.

Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes

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