Períodos inflacionários e com economia claudicante recorrem aos reajustes como forma de corrigir defasagens provocadas pela desvalorização da moeda e a consequente perda do poder aquisitivo.

Transferir reajustes aos preços finais dos produtos e serviços se tornou, entretanto, um habito e um péssimo hábito,  através do qual se neutralizam todas as demais formas de repassar aos consumidores os ganhos de produtividade obtidos pela incorporação de inovações e melhorias de produtividade.

A espiral inflacionária, sempre ascendente, precisa ser repensada, pois os pedágios, o quilowatt da energia, o metro cúbico da água tratada ou da coleta dos esgotos, o bilhete do ônibus desprezam esses conceitos de reajustar “para baixo” os preços e transferir para os consumidores e usuários parte dos ganhos que foram obtidos com as melhorias em produtos e processos.

Da mesma forma que encarecemos anualmente o IPTU dos imóveis em zonas urbanas, o custo do licenciamento de veículos, as passagens do metro, ônibus,  trens, balsas de travessias, taxas de condomínios e tantas outras coisas poderíamos, num primeiro momento não aumentar os valores com base em “inflação” e em seguida passar a reduzir os preços finais fazendo a espiral ser orientada para baixo até eliminar os reajustes.

A cidade de New York possui PIB equivalente a metade do PIB do Brasil (*) e o desenvolvimento dessa metrópole tem importantes contribuições com o seu sistema de transporte e este com o baixo custo dos seus tickets que permaneceram inalterados por 4 décadas, desde os anos 1940.

São Paulo, Brasil figura em 5º lugar dentre as cidades mais populosas do mundo, ao lado da Cidade do México, Tokio, Xangai etc.(**)

Os preços (conhecidos)  como administrados compões a lista dos itens que influencias nos índices de inflação, que por sua vez realimenta o valor das tarifas a serem corrigidas.

Já passou da hora de repensarmos nessa espiral de correções e invertermos a tendência de aumento de preços.  A sociedade agradece.

Paulo Westmann

(*)https://caosplanejado.com/mais-pessoas-moravam-em-manhattan-em-1920-do-que-hoje/ (**)https://www.nationalgeographic.pt/viagens/10-cidades-mais-populacao-mundo-2023_3913

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